Espiritismo-Poesias mediúnicas
Esse é o meu blog onde eu escrevo sobre Psicologia e Espiritualidade...
Ola, meu nome é Roberto e antes de eu estudar Psicologia, eu fiz parte de alguns grupos Espíritas onde tive contato com o Espiritismo. Daí estudei e trabalhei durante algum tempo com o desenvolvimento mediúnico e recebi algumas mensagens que guardei com muito carinho. Vou mostrar algumas para vocês. Achei o assunto pertinente a proposta do blog que é a busca do auto conhecimento e do sagrado de forma universalista.
Coração em ação
Tristeza é dor da vida;
Expressão de pouca visão;
É como ave ferida;
Que não pode sair do chão.
Das mazelas de outrora;
E da não compreensão;
Que os sofrimentos de agora;
Vem de outra encarnação.
Da vida sentes apatia...
Do outro tendes repulsão;
Afasta-te da sintonia,
E acabas em depressão.
Lembra-te se hoje choras;
E te encontras junto à tristeza;
Trabalha, esquece e ora;
E verás no mundo a beleza...
Beleza em poder servir;
Sem culpa e sem preconceitos;
Lutando pelo que há de vir;
Superando seus próprios defeitos.
E assim alma amiga;
Encontrarás consolação;
Aceitando as dores da vida;
Com a força do coração.
Médium:Roberto Portoghese Júnior
Partilhas
Partilhas em tua memória
Daquilo que podes dar
Não só de ouro, prata ou jóias
Que tendes para ajudar
Partilhas do ombro amigo
No socorro ao sofredor
Tanto sofre o pobre ou o rico
Todos precisam de amor
A atenção que dispensas a outrem
Com certeza é muito importante
Quem sabe você também
Precisará dela adiante?
Caridade é doação
Que Jesus nos veio a ensinar
É o amor posto em ação
Para quem quiser praticar
Ama, ensina e aprenda
Pelos passos de Jesus
E com isso tires a venda
Para que possas ver a luz.
Ercílio.
Médium: Roberto Portoghese Júnior
Liberdade
Onde habitas teu coração
Nestes tristes descaminhos?
Acreditas chorar em vão
Sentindo-te tão sozinho?
A chuva que rega a semente
Espera o calor do Sol
Aquecê-la ardentemente
E em vapor levá-la ao céu
O solo ao golpe de enxada
Sofre o plantio do grão
Que da terra cultivada
Irá produzir o pão
A flor que nasce do charco
Tem suas raízes no chão
Saindo do lodo ao alto
Engrandecendo nossa visão
A lagarta em seu casulo
Triste fica encoberta
Espera trancada no escuro
Até o tempo em que desperta.
Assim seja. Um irmão
Morte
Das altitudes sublimes vislumbro
A Terra com suas mazelas
Triste palco das minhas querelas
Nos desafetos do mundo
Sensibilidade em demasia
Revoltas exageradas
Vivendo nas fantasias
De existência desregrada
Onde estava a felicidade
De um corpo jovem e sadio?
Levado a fatalidade?...
Entregue entre pompas e rimas
Não se encontrou em si mesmo
Tanta angústia em que se lastima
Junto a um copo de veneno
A morte aqui não existe
Somente a dor é que insiste
Chamando a reparação
Agora desperto entre os mortos
Que as vestes outrora deixaram
Pois que morreram os corpos
Despojos que lá ficaram
Pensei que a vida acabava
E assim caiu meu castelo
Meu espírito despertava
Do túmulo frio como gelo
Buscando curar-me da culpa
A todos peço desculpas
Com todo meu coração
Agora imortal que sou
Só posso rogar a Deus
Esquecer o que passou
E a todos dizer adeus
Altamiro
Médium:Roberto Portoghese Júnior
Ave Maria da tapera
Ave Maria, mãe dos aflitos,
Mãe amorosa, que chora em silêncio;
No lar simples, o sofrimento do mundo.
Ave Maria dos vários lares,
Da pobreza e da fome.
Maria de Jesus, Maria de João, Maria de Roberto, Maria de Chico...
Senhora humilde, que trabalha sozinha no sustento do pão!
É mãe e é pai, é amiga e é irmã.
Mãe branca, mãe negra!
Mãe de muitas nações!
Mãe mulher, mãe avó, mãe menina...
Do ontem e do hoje!
Coração gigante!
Carrega no ombro sua cruz sem reclamar,
E aos desgarrados do caminho com seu exemplo nos ensina a amar.
Mãe Tereza, Joana, Bruna ou Sebastiana...
Senhora caridosa, abnegada e paciente!
Levanta os aflitos, os desiludidos, os sofridos e perdidos...
Na dor, na angústia e no lamento.
Oh mãe do céu, da Terra, da tapera!...
Cuida dos teus filhos sem rumo,
Auxiliando-os a carregarem suas cruzes, sem reclamar,
Agora e sempre.
Assim seja.
23/05/2008 - Sociedade Espírita João Machado
Médium -Roberto Portoghese Júnior
Roberto Portoghese Junior
Lágrimas do passado
Nas sombras do meu eu vejo o passado
De guerras e de lutas eu vivi
Do altar de sangue, ódio e do repúdio
Daqueles que eu não reconheci
Quanta dor eu não sabia
Que a cada um que eu feria
Voltaria a ver de novo em minha mente
Das batalhas que por honra eu travei
Que pelo fio da minha espada eu matei
Dos séculos de dor e de destruição
Será que o homem vai acordar ou não?
Inimigos eu fazia
E o que eu mais queria
O poder da vida e da morte
Só que o que eu não sabia
É que um dia chegaria
A hora de acabar a minha sorte
Tentei em vão encontrar uma saída para minha vida
Tentei então buscar o que era o amor
Só que o tempo se passou
E quando eu acordei
A vida não mais residia em mim
Muito ouro e joias eu acumulei
Sobre o ombro daqueles que eu explorei
Do poder e vida fácil que eu levei
E daquilo que dos outros eu tirei
Outra vez eu viveria
E de novo eu esqueceria
Que o verbo amar não conjuguei
Quanto tempo levaria
E ao nascer daquele dia
Um dia de eterna contemplação
Quando a razão e o amor
Fizeram algo despertar em mim
O velho homem então se lastimou
Viu seu passado e do seu olho uma lágrima rolou
Por que futilidades conquistou.
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Quanta inspiração divina. Muito bom.
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