Karate: Disciplina para o auto domínio...
Reflexão sobre o filme “O faixa preta” (Kuro Obi)
Sendo a cultura japonesa uma cultura rígida e pautada no código de honra do samurai(Bushido), que é o caminho do guerreiro, observamos um misto de tradições paternalistas e de forte apelo moral e filosófico onde o Japão no período do filme foi retratado.
Mas o que vimos durante o filme? Um karate desenfreado como um cavalo sem rédeas. O que o mestre tentou passar para seus alunos quando disse que o karate era para ser usado para si mesmo? Por quê não usar as pernas? As pernas não nos mantêm firmes no chão? Não nos dão o equilíbrio? O mestre lhes ensinou que o karate não é um conjunto de golpes aleatórios, mas uma técnica que envolve humildade, senso de realidade e principalmente a busca do auto conhecimento.
Muito dessa busca do auto conhecimento do karate tradicional é uma herança das tradições xintoístas e budistas do Japão. Sabemos que luz e trevas existem dentro de cada um e que ambas agem como equilíbrio da outra.
Giryu representava a luz e Taikan a sombra. A sombra é o desconhecido, aquilo que é negado enquanto considerado algo ruim. Entretanto, em Giryu ela está reprimida e tudo que fica reprimido retorna como um sintoma negativo. Taikan buscou olhar para a sombra, mas deixou-se dominar por ela, enquanto Giryu negou-a tornando-se infeliz e
desorientado.
O que eu entendi sobre o filme é que a luta corporal não está separada da disciplina e da luta interior. Esta luta interior se dá através do silêncio interno controlando o turbilhão das paixões que levam o homem à busca do prazer desenfreado e, muitas vezes fazendo-o acreditar ser algo que não é ou precisar de algo que realmente não precisa.
Sendo assim, reconhecer a sombra é reconhecer o mal e o desconhecido que faz parte do seu ser e superar a si mesmo. Não é o outro que devo vencer, mas a mim mesmo.
Daí a morte de Taikan e a herança da faixa preta. Podemos encarar essa morte como uma morte simbólica que demonstra a necessidade de morrermos para reviver, para compreender verdades. Ela se dá da seguinte forma: morre-se a criança para nascer o adulto, morre-se o ignorante para nascer o erudito, morre-se o orgulhoso para nascer o humilde...
E assim, enquanto muitos se consideram cheios do saber, irão perceber com o tempo que nada sabem, enquanto aqueles que se esvaziam de si mesmos se encontrarão com o seu verdadeiro EU. O verdadeiro caminho está na percepção das pequenas coisas, no respeito, no amor para que, ao observar meu próximo com suas qualidades e defeitos eu aprenda a olhar para mim mesmo.
Para encerrar fiquemos com a famosa frase do oráculo de Delfos: “Conhece-te a ti mesmo” .
Essa foi uma reflexão que fiz sobre o filme dentro de uma visão da psicologia junguiana e do budismo.
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Muito esclarecedor....eu fiz karatê por anos e não sabia.
ResponderExcluirMuito legal Roberto. OSS !
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